McChurch Soundroom - Delusion 1971 (full album)




Uma das lendas esquecidas do Krautrock, MCchurch Soundroom, veio da Suíça e lançou apenas um álbum "Delusion" em 1971, com produção do genial Conny Plank (citado neste espaço inúmeras vezes).

A banda é liderada pelo flautista e vocalista, conhecido pelo pseudônimo de Sandy Mcchurch, cujo seu nome real é Sandro Chiesa. Apenas como curiosidade, o nome Soundroom vem da garagem dos pais de Sandy, onde eram realizados os ensaios para posterior gravação do disco em Hamburgo, na Alemanha. 

A sinistra arte da capa, nada tem a ver com o som proposto ao longo de toda a audição. Não se trata de um disco com faixas pesadas e satânicas mas sim um rítmo ora voltado para o folk com acordes de violão acústico e tenras flautas, ora com variações insitando a uma pegada onde o blues e o fusion predominam-se em certas partes.

Na introdução da faixa titulo, nos deparamos com uma atmosfera mais folk, remetendo ao modo acústico do Jethro Tull, mas logo no decorrer do primeiro minuto, ocorre uma variação de rítmos onde a cozinha baixo/bateria aparece com mais veemência, acompanhada por um suntuoso Hammond e um vocal mais forte.

Em 'Day of a Drummer e 'Time is Flying', encontramos as faixas mais pesadas do disco. A primeira com belos trechos de uma forte guitarra e, em seguida, um virtuoso solo de bateria. A última com belas passagens de órgão e flautas.

A minha favorita de todo o registro fica com 'What are you Doing' que possui uma linda introdução de Hammond, se revezando a suaves fragmentos de flauta e acordes repetidos de baixo, contendo assim uma interessante pegada mais direcionada ao blues. 

A suíte 'Trouble' encerra o álbum em duas faixas distintas. Repletas de dissonâncias de flauta e  improvisações de jazz/blues, é a camposição que menos me tocou por se tratar de um trabalho lançado no início da década de 70. 

Nessa época, os discos eram elaborados com mais criatividade e um toque de certa lisergia e, este em particular, não se destaca em quase nada das multidões crescentes da fase áurea do progressivo Europeu como um todo.

No mais, não se trata de uma obra-prima do Krautrock sendo dificilmente essencial ou inovador, mas vale a pena possuir como gênero de segunda linha, por assim dizer...

O vinil original foi lançado pelo selo Pilz que também contou em seus estúdios com bandas como Popol Vuh, Wallenstein, Witthuser & Westrupp, dentre outras. Já nos anos 90, foi relançado em CD por um selo ao qual desconheço.



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