Fox - San Francisco session (1969-1970) (US, RARE Heavy Psychedelia, Blu...
A cena de São Francisco foi conhecida pelas bandas de rock psicodélico, principalmente na segunda metade da década de 1960. De lá, muitas bandas surgiram para a fama como Greatuful Dead, The Doors, a cantora Janis Joplin entre tantas outras que, com seu som lisérgico, repleto de experimentação, com o pano de fundo da paz, do “flower power” e a oposição ao conservadorismo da sociedade e a Guerra do Vietnã, edificaram o rock da época, eram tempos de contracultura, dos psicotrópicos abrindo as portas da percepção, parafraseando a grande obra de Aldous Huxley, dando margem a criatividade sem arestas e filtros. Mas, como todas as épocas da história do rock n’ roll, também produziram algumas bandas que ficaram no campo do obscurantismo, do esquecimento, da precocidade da sua existência, bandas que pereceram não pelo fato de ter sido ruins, sonoramente falando, algumas, admitamos, foram, mas pelo fato de seguir a margem do status quo da música, aquém do que se fazia na época, bandas lançadas a sua própria sorte por seguir seus instintos, sua criatividade pura e genuína, porém, por mais obscuras que sejam, temos a sorte que, nos dias de hoje, temos pequenos selos, gravadoras abnegadas que relançam tais bandas, que assume o risco de gravá-las, em prol da “democracia do som”, da arte nas suas mais variadas personificações. A Fox, banda locada na cena de São Francisco é um exemplo dessas bandas marginais, com uma sonoridade peculiar para uma época que a psicodelia imperava e era a “moda” que ecoava nas ruas daquela cidade. Era uma banda rara e obscura, uma música pesada, poderosa, agressiva, um hard blues cru, típico do início dos anos 1970, que definitivamente esmurrou a porta do psicodélico em uma época em que a cena estava no auge, com direito a Woodstock e tudo o mais. A Fox veio das entranhas de outra banda pouco conhecida e com fim precoce e também oriunda de São Francisco, chamada Day Blindness, esta formada em 1967 que contava à época com Felix Bria nos teclados e vocal, o baterista Dave Mitchell e o guitarrista Gary Pihl. Essa banda gravou um álbum em 1968, com o sugestivo nome “Day Blindness”, ganhando até relativa notoriedade tornando-se frequentes, inclusive, com performances no Fillmore de Bill Graham, no Ballroom Avalon e também algum destaque em shows gratuitos no Golden Gate Park. Mas Mitchell foi substituído por Roy Garcia, na bateria, com Bria também saindo e dando lugar ao Johnny Vernazza. Essa passaria ser a encarnação da Fox.
Embora seja uma continuação do falecido Day Blindness, a Fox foi uma banda diametralmente distinta, tanto na formação de seus músicos, permanecendo apenas o guitarrista Gary Pihl, assumindo também os vocais, como também o nome e principalmente a sonoridade, com a Fox mais direta, visceral e pesada, enquanto o Day Blindness em uma proposta mais psicodélica e experimental. Então são bandas totalmente diferentes, e sem dúvida essa era a intenção de seus integrantes: se desvencilhar da não tão antiga banda, de um passado não tão distante. O álbum da Fox, de nome “San Francisco session” e foi gravado entre 1969 e 1970 e começa já avassalador com a faixa “Susie S. Kalator” com riff ao estilo heavy metal de vanguarda seguidos de retumbantes solos de guitarra altos e bem elaborados, com boas alternâncias rítmicas. “Sun City” começa mais introspectiva e irrompe em blues rock pesado e cadenciado, nos brindando mais a frente com um hardão setentista típico e infalível. “I Can’t Take It” tem também uma levada bluesy lembrando um pouco a canadense Steppenwolf, bem dançante e pesada, em revezamento. Já “Keep on Livin’ this Way” segue a proposta da faixa anterior com o blues rock no protagonismo com um vocal e backing vocal arrebentando com destaque para a guitarra “chorando”, solos lindos. “I Was Alone” vem com o hard rock mais cru e despretensioso, com destaque para a guitarra dando o tempero ao som. O álbum fecha com “Geraldine”, um pouco introspectiva na sua introdução e aos poucos vai “ganhando vida”, substância com um vocal mais trabalhado e potente, com bom alcance e solos de guitarra poderosos, certamente uma das melhores faixas desse trabalho. A Fox, embora tenha criado um álbum avassalador e que contribuiu para botar a “porta” do psicodelismo no chão com a sua potência bélica sonora, não prosseguiu dando fim as sua curta e precoces atividades. O guitarrista Gary Pihl mais tarde foi para a conhecida banda Boston e tocando nos anos 1990 com Sammy Hagar, que tocou com o Montrose e Van Halen. O baterista Roy Garcia mais tarde foi membro da banda Golg. A Fox sem dúvida é um dos melhores “power trio” da história obscura do rock.
Fox
Embora seja uma continuação do falecido Day Blindness, a Fox foi uma banda diametralmente distinta, tanto na formação de seus músicos, permanecendo apenas o guitarrista Gary Pihl, assumindo também os vocais, como também o nome e principalmente a sonoridade, com a Fox mais direta, visceral e pesada, enquanto o Day Blindness em uma proposta mais psicodélica e experimental. Então são bandas totalmente diferentes, e sem dúvida essa era a intenção de seus integrantes: se desvencilhar da não tão antiga banda, de um passado não tão distante. O álbum da Fox, de nome “San Francisco session” e foi gravado entre 1969 e 1970 e começa já avassalador com a faixa “Susie S. Kalator” com riff ao estilo heavy metal de vanguarda seguidos de retumbantes solos de guitarra altos e bem elaborados, com boas alternâncias rítmicas. “Sun City” começa mais introspectiva e irrompe em blues rock pesado e cadenciado, nos brindando mais a frente com um hardão setentista típico e infalível. “I Can’t Take It” tem também uma levada bluesy lembrando um pouco a canadense Steppenwolf, bem dançante e pesada, em revezamento. Já “Keep on Livin’ this Way” segue a proposta da faixa anterior com o blues rock no protagonismo com um vocal e backing vocal arrebentando com destaque para a guitarra “chorando”, solos lindos. “I Was Alone” vem com o hard rock mais cru e despretensioso, com destaque para a guitarra dando o tempero ao som. O álbum fecha com “Geraldine”, um pouco introspectiva na sua introdução e aos poucos vai “ganhando vida”, substância com um vocal mais trabalhado e potente, com bom alcance e solos de guitarra poderosos, certamente uma das melhores faixas desse trabalho. A Fox, embora tenha criado um álbum avassalador e que contribuiu para botar a “porta” do psicodelismo no chão com a sua potência bélica sonora, não prosseguiu dando fim as sua curta e precoces atividades. O guitarrista Gary Pihl mais tarde foi para a conhecida banda Boston e tocando nos anos 1990 com Sammy Hagar, que tocou com o Montrose e Van Halen. O baterista Roy Garcia mais tarde foi membro da banda Golg. A Fox sem dúvida é um dos melhores “power trio” da história obscura do rock.
A banda:
Gary Pihl na guitarra e vocal
Johnny Vernazza no baixo
Roy Garcia na bateria
Faixas:
1 - Susie S. Kalator
2 - Sun City
3 - I Can’t Take it
4 - Keep on Livin’ this Way
5 - I Was Alone
6 - Geraldine
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